domingo, dezembro 14, 2008

CERIMÓNIA DO ENCONTRO PELA PAZ...

"Era uma vez um rei indiano que queria saber o que era a Paz. Reuniu os intelectuais do reino, que lhe deram as suas respostas, mas nenhuma o satisfez e o rei continuava a questionar-se sobre o verdadeiro significado da palavra, até que um dia recebeu a visita de um intelectual de um outro país.
Aproveitando a sua presença, o rei colocou-lhe a mesma questão e o intelectual respondeu-lhe que o único homem que lhe poderia responder era um santo que vivia longe dali, mas que era muito velho, pelo que teria que ser o rei a visitá-lo. Este assim fez e foi visitar o santo a quem perguntou o que era a Paz. Sem dizer uma palavra, o ancião entregou ao rei um grão de arroz. Espantado, mas respeitando a sabedoria do santo, o rei não teve coragem de lhe perguntar o significado daquele gesto. No seu palácio, o rei colocou o grão numa caixa dourada e todos os dias olhava para ele e se questionava, sem nunca achar uma resposta, até que o intelectual voltou a passar pelo seu reino. Ansioso, o rei perguntou-lhe se ele saberia o que queria dizer aquele grão de arroz.
É simples
" - explicou o intelectual - "se continuares a guardar este grão de arroz nesta caixa, ele vai acabar por apodrecer um dia, por mais protegido que esteja, mas se o semeares, ele transforma-se numa planta e dá origem a um campo de arroz, que podes dividir por todos e assim é a Paz, se a encontrares e guardares no teu coração, nada acontece, mas se a partilhares com os outros, ela cresce e espalha-se".
Esta simples história, cheia de significado, era uma das preferidas de Mahatma Gandhi e o seu neto, Arun Gandhi, teve a alegria de a partilhar com as centenas de pessoas que se reuniram no Pavilhão Municipal para a festa do Encontro pela Paz, que está a decorrer na Póvoa, até final de Janeiro.
Este ano, Arun Gandhi é o convidado de honra deste encontro e afirmou estar aqui "para partilhar convosco o grão de arroz que o meu avô me deu, esperando que também o partilhem e que o não o deixem morrer".
A festa do Encontro pela Paz fez-se também com música e dança, numa belíssima conjugação da actuação dos jovens bailarinos da Gimnoarte e o concerto de Pedro Khima, que a par de temas mais conhecidos, avançou já algumas novidades do próximo álbum.
No Pavilhão reuniram-se escolas, associações e público em geral que, no fim da festa, encheram de flores brancas a Taça da Paz e preencheram ainda mais os ramos da Árvore das paz com mensagens de boa vontade. O mau tempo não permitiu a realização do cordão humano, que deveria ter levado todos os participantes num desfile solidário pelas ruas da cidade até à Praça do Almada.
Presente no evento, o vereador Luís Diamantino, saudou os dez anos de existência desta iniciativa agradecendo a colaboração de todos e lembrando que “o Encontro pela Paz é um encontro que tem como base de sustentação todas as pessoas que nele trabalham e não a Câmara Municipal, que se limita a dar o seu apoio incondicional, reconhecendo a importância do papel dinamizador da sociedade civil”.

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